Pontinhos Maiúsculos

Saturday, September 01, 2007

Aposto que daqui a pouco minha felicidade vai entrar trêbada por aquela porta ali, sabe? E aí ela vai me propor um desafio besta e eu vou cumprir direitinho, obrigando ela a entrar no carro e me levar pro meu destino.

Destino.

Não acredito em destino. Mas, caso exista, preciso garantir que o meu seja dos bons. E o que faço com os obstáculos? Com os terríveis e implacáveis empecilhos que surgem no decorrer de minha serelepe história? Diriam os livros: 'vá, corra atrás de seus sonhos!', 'uhu! não há nada a perder!', 'você é forte! encare de frente!'. Então, isso me encorajaria. Eu me sentiria segura, lutaria por minhas convicções, morreria por elas. Gritaria, choraria e não desistiria até o último momento!
Chegaria, enfim, o último momento.
A esperança ia sumir. Mas não simplesmente SUMIR. Ia tipo que evaporando, aos pouquinhos, e assim que a última gota fizesse a triste e injusta troca de estado, viria, não tão calmamente, o peso da realidade. Como um 'BUM!' de história em quadrinhos (adoro quadrinhos). Nada mais.
Como dizem mesmo? Aaah, o tempo! Só o tempo! Né? Vem o tempo, passa o tempo, e tudo se esquece! O tempo carrega, apaga, leva! Pra onde? Pouco importa pra onde vai o tempo, ou se ele não vai, fica parado enquanto a gente tá indo. Ou talvez não importe o tempo e sim como se passa o tempo, o que se faz com ele, se aproveita ou não, se desperdiça, se segue, se ultrapassa, ou se simplesmente precisa do tempo. Eu preciso do tempo. O tempo vem, vai, e o que eu quero eu solto pra ir junto. Depois me arrependo, porque aí não aprendo.
E aposto de novo que daqui a pouco minha felicidade vai entrar por aquela porta ali. Mas dessa vez sóbria, eu acho.

Por uma Alice entediada, com uma dosagem de raiva e outra de conformação (a primeira mais forte).